A Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) concluiu todos os trabalhos de restauração da Ilha da Boa Viagem, na orla da Baía de Guanabara, em Niterói. O local, que será o primeiro museu ilha do país, está com as três edificações totalmente restauradas: a Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, o Fortim e o Castelo dos Escoteiros.

 Devido à importância histórica da área, o conjunto arquitetônico recebeu uma minuciosa revitalização, sem perder as características originais. Na Capela, datada de 1650, foi necessário reforçar a estrutura da torre e realizar a recuperação da fachada central e do telhado. As portas, janelas e o coro também foram restaurados. As instalações hidráulicas foram renovadas, e uma nova rede elétrica permitiu a instalação de ar condicionado e de um sistema de sonorização.

 O Fortim, construído em 1702, é localizado em uma posição estratégica, com vista privilegiada para a Baía de Guanabara. O espaço teve todo o emboço recuperado, piso recomposto em terracota e ganhou nova pintura. A área poderá ser utilizada para exposições e atividades a céu aberto.

 O Castelo abrigará um museu e uma cafeteria. Além disso, uma sala funcionará como sede dos escoteiros. A edificação, originada em 1940, também recebeu reforço estrutural, com a colocação de grampos invisíveis nas paredes para evitar rachaduras. O telhado passou por processo de impermeabilização, e todos os pisos originais foram recolocados.

 A área externa da Ilha também recebeu os devidos cuidados. Um poço foi transformado em cisterna, dividida com água pluvial e potável. O caminho entre a Capela e o Castelo ainda ganhou um guarda-corpo de segurança.

 Durante toda a intervenção, a Emusa trabalhou em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Serviço de Patrimônio da União, o que garantiu a execução do projeto com total respeito à história da Ilha.