No Dia Mundial da Meteorologia, o prefeito Axel Grael deu sequências às apresentações dos eixos de ação do Plano Niterói 450 na manhã desta quarta-feira, na Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos, e desta vez Clima e Resiliência foram tema do evento. Serão investidos R$398 milhões em ações da agenda climática na cidade de Niterói, que figura hoje com 100% de cobertura em abastecimento de água e 97% em tratamento de esgoto, está em primeiro lugar em coleta de lixo urbano no estado do Rio e em segundo lugar no país, além de ter 50% da sua área preservada.
E neste cenário foram relembrados ações em andamento no município e as que virão com o propósito de se manter como protagonista em ações climáticas. Niterói foi a primeira cidade a criar uma secretaria do Clima e a segunda cidade brasileira a assinar a Declaração de Edimburgo sinalizando o compromisso municipal de realizar ações transformadoras para alcançar objetivos e ambições definidas no marco global da biodiversidade.
“Como é importante o papel das cidades e governos locais em defesa da agenda climática, e inclusive levei este pleito à 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), que reuniu representantes de aproximadamente 200 países em Glasgow, na Escócia, em novembro passado. As cidades e seus gestores precisam pensar e agir globalmente de forma resiliente para prevenir e controlar questões climáticas com maior participação e engajamento social”, destacou.
O presidente da Emusa, Paulo César Carrera, ressaltou um investimento de R$302 milhões em obras de contenção de encostas que contemplarão cerca de 26 novos contratos que contemplarão 47 pontos nos próximos dois anos hierarquizados em quatro níveis: muito alto, alto, médio e baixo riscos. “As obras consideradas de risco muito alto hoje já foram concluídas e agora passaremos às demais que com o tempo também se tornaram muito alto, além das de médio e baixo riscos”, explicou. Dentre elas estão regiões como Maceió, Cubango, Morro do Céu, Morro do Bonfim, Grota do Surucucu, Santa Rosa, São Francisco e São Lourenço.
O secretário municipal do Clima, Luciano Paes, o primeiro do Brasil, destacou os avanços que já foram conquistados nestes 12 meses de criação da secretaria. Elencou ações relacionadas à geração de energia solar nos prédios públicos e a criação de fazendas solares em parceria público-privada com o objetivo de induzir a transição energética para uma matriz limpa; a implantação da educação climática na rede municipal com material didático através do Projeto Escola no Clima; a neutralização de carbono comunitário com projeto piloto na comunidade do Caramujo cujo início está previsto para o mês de abril; a certificação da neutralização de emissões de gases do efeito estufa com a criação do Selo Amigo do Clima, e a modernização de sistemas e infraestrutura das estações meteorológicas.
A secretária de Conservação, Dayse Monassa, falou do desafio em substituir a frota de veículos oficiais até 2024 por veículos elétricos, além da instalação de telhados fotovoltaicos em três prédios públicos; no Terminal Rodoviário João Goulart, na cidade da Ordem Pública e na própria sede da Seconser.
Também participou da apresentação o diretor da Defesa Civil, cel. Wallace Medeiros que destacou o desafio deste verão com a incidência cada vez mais frequente e destruidora de eventos climáticos como os que ocorreram com as chuvas em Petrópolis e sul da Bahia, com destaque para a ampliação de estações meteorológicas (2 para 5); criação de estações de avaliação de níveis de rios e de qualidade do ar, prevenção e combate a queimadas com veículos equipados.
Valéria Braga, diretora do escritório de Gestão de Projetos (EGP), que monitora e desenvolve projetos especial de toda a Prefeitura, apresentou o projeto Encosta Verde, de gerenciamento, reflorestamento, prevenção a queimadas e a deslizamentos e um grande parque de gerador de energia solar que serão implantados em áreas de encostas.