Começarão, nos próximos dias, a mobilização para o início das obras esperadas há décadas pelos moradores do bairro Santo Antônio, na Região Oceânica da cidade: a reurbanização de 24 ruas, com rede de drenagem e pavimentação. A obra promete minimizar os problemas das enchentes que sempre atingiram a região. A ordem de início foi assinada na noite desta terça-feira pelo prefeito Rodrigo Neves e a empresa vencedora da licitação no auditório da Escola Municipal Francisco Portugal Neves, em Piratininga.

O projeto, financiado pelo projeto Pró Sustentável, terá um investimento de R$52,8 milhões, 33% a menos que o valor previsto no edital de licitação. O Consórcio Bairro Santo Antônio, vencedor da concorrência pública garantiu, na ocasião, finalizar as obras até dezembro de 2020, diminuindo o prazo inicial de 24 para 17 meses. Ao todo, mais 13 quilômetros de vias serão contempladas.

Nele, estão incluídas as bacias 02 (entre a Estrada Francisco da Cruz Nunes, Condomínio Ubá III e Av. São Gualter) e 03 (entre a Estrada Francisco da Cruz Nunes, ruas Átila Nunes, Jornalista Sidney Correa e Av. Almirante Tamandaré) faz parte desta segunda fase das obras de Santo Antônio. As intervenções começarão pela drenagem da bacia 02, que realizará o deságue das águas pluviais para a nova galeria da Av. Almirante Tamandaré, executada com as obras da Transoceânica.

De acordo com o presidente da Emusa, Reinaldo Pereira, foi necessário um estudo minucioso para definir as intervenções que responderiam de forma eficaz à complexidade que o bairro Santo Antônio representa, dada a quantidade de aterro que sofreu ao longo dos anos e ao fato de ficar localizado abaixo do nível do mar e da própria Lagoa de Piratininga.

“Ele acaba recebendo uma grande quantidade de água que desce do maciço do Jacaré e que não tem para onde escoar, causando os constantes alagamentos em qualquer dia de chuva. Nós contratamos então, por concorrência pública, uma empresa internacional especializada neste tipo de obra que fez um estudo de engenharia, de hidráulica e de procedimentos de macrodrenagem para definir a melhor intervenção”, explicou Reinaldo.

O prefeito Rodrigo Neves lembrou dos ajustes que teve que fazer nas contas públicas desde que assumiu a Prefeitura de Niterói, em 2013, o que tem permitido a realização de grandes obra estruturais na cidade. “O que está acontecendo aqui não é obra do acaso. Fizemos em sete anos o que não foi feito em 50.   Trabalhamos duro para devolver qualidade de vida à Região Oceânica. Tenho orgulho de ser o prefeito que tirou do papel o túnel Charitas-Cafubá, sem pedágio conforme prometido, e já ter urbanizado bairros como Fazendinha, Cafubá, Boa Vista, Bairro Peixoto, Piratininga. Muitas outras obras virão”, garantiu ele, referindo-se ao lançamento, em setembro, do Projeto Parque da Lagoa de Piratininga, o primeiro de jardins filtrantes do Brasil, que captam as águas das galerias e filtram para despoluir a Lagoa de Piratininga. A revitalização do canto de Itaipu também foi anunciada para setembro.

Sobre os projetos de Serra Grande e Maravista, o prefeito explicou que ainda está andamento e será enviado na próxima semana ao Tribunal de Contas do Estado após ter sofrido 28 questionamentos do órgão. “Até o final do ano esperamos dar início a mais esta obra”, disse. Sobre Engenho do Mato, encontra-se em fase de projeto executivo, que também deve estar concluído até o final deste ano. A previsão é que as obras comecem no início de 2020.

“É muito prazeroso para nós estarmos acompanhando de perto a evolução pela qual passa a nossa região, ouvir e entender por parte do prefeito todo o processo burocrático que existe até o início efetivo de uma obra, isso nunca existiu aqui na Região Oceânica. Estamos felizes e esperançosos que tudo acabará bem e teremos mais qualidade de vida “, disseram o casal Renato Buarque e Virgínia de Souza, presentes ao evento.

Também participaram da cerimônia os secretários municipais de Obras, Vicente Temperini; da Seplag, Axel Grael; de Fazenda, Geonava Victer; da Saúde, Maria Célia; o administrador da Região Oceânica, Carlos Boechat, os diretores da Emusa, Linconl da Silveira e Paulo César Carrera, além de vereadores, assessores e colaboradores.